Introdução: A evolução das tecnologias da informação e comunicação trouxe profundas transformações para a prática de enfermagem, especialmente no que diz respeito à segurança do paciente, à educação em saúde e ao aprimoramento da assistência clínica. Tecnologias como prontuários eletrônicos, teleconsulta, aplicativos educativos e dispositivos de monitoramento têm fortalecido o cuidado, promovendo autonomia, autogerenciamento e qualidade assistencial. Apesar dos benefícios evidentes, o uso dessas ferramentas também exige capacitação dos profissionais, alto custo e gestão adequada dos riscos associados. Assim, é fundamental compreender como essas inovações impactam a prática de enfermagem e contribuem para a promoção da saúde e da segurança do paciente. Objetivo: Analisar, na literatura científica, a utilização de tecnologias na prática de enfermagem com foco na promoção da segurança e da qualidade do cuidado. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com enfoque qualitativo de caráter exploratório e descritivo, realizada em abril de 2025. A busca dos artigos foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), na base de dados SCIELO e LILACS. Foram utilizados os descritores “enfermagem”,“tecnologia” e “saúde” cruzados em simultâneo com o operador booleano AND. Como critérios de inclusão, foram estabelecidos: artigos completos e gratuitos, publicados em português, inglês ou espanhol, entre os anos de 2014 e 2024. Foram excluídos artigos incompletos, não avaliados por pares e que não estivessem alinhados ao objetivo do presente estudo. Resultados: Analisou-se 9 artigos, publicados entre 2014 e 2024, de maneira descritiva, apresentando a síntese dos estudos através de comparações em destaque de diferenças e/ou semelhanças. Tal análise revelou que as tecnologias digitais estão transformando a prática de enfermagem. Prontuários eletrônicos reduziram os erros de medicação e melhoraram a comunicação entre profissionais, enquanto sistemas de alerta clínico se destacaram na prevenção de eventos adversos em UTIs. Aplicativos móveis e plataformas de teleconsulta aumentaram a adesão terapêutica, com recursos interativos promovendo mudanças de hábitos, especialmente entre idosos e pacientes crônicos. No entanto, apesar dos avanços, desafios persistem: estudos apontaram falhas na capacitação técnica dos enfermeiros, além dos altos custos de implantação e manutenção. A resistência cultural à inovação, sobretudo em locais com infraestrutura digital limitada, também foi destacada. Destarte, os achados indicam que, para consolidar os benefícios das tecnologias digitais na assistência à saúde, são necessários investimentos em treinamentos e melhorias estruturais. Conclusão: A revisão mostrou que tecnologias digitais fortalecem a segurança do paciente e a qualidade da enfermagem, apesar de desafios como capacitação limitada, altos custos e resistência cultural. Destaca-se a necessidade de investimentos em formação, infraestrutura, além de novas estratégias para ampliar o uso dessas inovações.
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Comissão Científica
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